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domingo, 26 de agosto de 2012

The Rock Of Ages | Crítica

Religião vs Rock’n Roll

 Confesso que não iria ver esse filme. O destaque dado à The Rock of Ages foi quase nada. Sem comerciais de tv, sem anúncios na internet, páginas no facebook ou divulgação no youtube. Sendo assim, o filme não era comentado nem divulgado pelo modo que dá mais bilheteria: de boca em boca, pelas pessoas.
Surpreendi-me quando vi o filme em cartaz. Um cartaz lindo, um dos melhores do ano na verdade. Interessei-me em ver o filme somente pelo cartaz, pois não sabia do enredo nem nada sobre ele. Mas mesmo assim, não era suficiente para pagar uma entrada a fim de ver um musical.
Como se trata de um musical, fui logo baixar a trilha sonora. Me apaixonei pela primeira música.
Quando se referem a um musical, nos vem à cabeça algo tedioso, com músicas chatas e desinteressantes, como foi o fracasso Mama Mia. Mas, The Rock of Ages chega as telonas para provar todo o contrário.
Com músicas envolventes e danças muito bem preparadas, o filme chega a deixar o telespectador com vontade de se levantar da poltrona para cantar e dançar junto com os personagens. 
Por traz das músicas que tomam cerca de 85% do filme, temos o enredo – que parece ser – o principal. O amor entre uma jovem moça do interior com o ajudante de um dos mais famosos bares de Rock em Los Angeles.
A trama se passa em 1987, e isso é muito explícito no filme. Em alguns musicais se percebe a perda do contexto da época, pois se preocupam somente com as musicas clichês e danças mal coreografadas – novamente citando o fracasso Mama Mia. Mas em The Rock of Ages, vemos alguns personagens usando celulares ‘’tijolos’’ (apenas alguns, essa tecnologia não era acessível a todos) e os famosos bares de Stripe these da época, com garotas dançando poli dance dia e noite vestidas em roupas eróticas.
No filme, o mundo gira em torno do Rock, mas é claro que há grupos contra isso, e nesse caso é a igreja. Até hoje em dia ouvimos religiosos preconceituosos dizendo “Rockeiros vão queimar no fogo do inferno!” e é contra isso que lutavam na década de 80. A igreja tentava e ainda tenta implantar uma ideia de que o Rock é satânico, o Rock é do demônio, o Rock compra a alma das pessoas, mas não é assim que as coisas funcionam e o desfecho do filme prova tudo isso.
Movido à muita testosterona, as músicas são muito boas, passando desde Bon Jovi até Def Leppard. O longa metragem prova também que o rock não é só para homens. Naquela época, muitas mulheres andavam de couro, com roupas rasgadas e cabelos desgrenhados, o que não é muito comum hoje em dia.
Nessa época, é explicita a transição entre o Rock e o Pop. Quando supostamente o rock perde o trono e as bandas devem se adaptar ao pop mal feito, toda a indústria da música vira um redemoinho, por que rock uma vez, rock para sempre.
Falando dos atores, Tom Cruise se sai muito bem na pele de um vocalista. Realmente consegue cantar e envolver o público não só quando está levando um tiro. Todos os outros no elenco são completamente preparados, mesmo sendo jovens atores, ainda não conhecidos.
O diretor consegue fazer o romance deles algo bem inocente, como era na época e não uma coisa vulgar como geralmente é hoje em dia. Palavras bobas, bochechas coradas, timidez. Isso é tão bom de se ver em um romance nos cinemas, e raramente os diretores e atores conseguem esse feito.
É claro, que algumas performances são feitas como baladinha adolescente, ao estilo mais fajuto de Glee, mas isso em apenas duas ou três músicas. As outras dezessete músicas que compõe a magnifica trilha sonora do filme, é totalmente rock’n rool.
Concluindo, o filme é ótimo, um dos melhores musicais. E uma coisa ele deixa claro, mas isso todo mundo sempre soube: ‘’O Rock nunca irá morrer”.  

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