Religião vs Rock’n
Roll
Surpreendi-me quando vi o filme em cartaz. Um cartaz lindo,
um dos melhores do ano na verdade. Interessei-me em ver o filme somente pelo
cartaz, pois não sabia do enredo nem nada sobre ele. Mas mesmo assim, não era suficiente
para pagar uma entrada a fim de ver um musical.
Como se trata de um musical, fui logo baixar a trilha
sonora. Me apaixonei pela primeira música.
Quando se referem a um musical, nos vem à cabeça algo
tedioso, com músicas chatas e desinteressantes, como foi o fracasso Mama Mia. Mas,
The Rock of Ages chega as telonas para provar todo o contrário.
Com músicas envolventes e danças muito bem preparadas, o filme chega a deixar o telespectador com vontade de se levantar da poltrona para cantar e dançar junto com os personagens.
Com músicas envolventes e danças muito bem preparadas, o filme chega a deixar o telespectador com vontade de se levantar da poltrona para cantar e dançar junto com os personagens.
Por traz das músicas que tomam cerca de 85% do filme, temos
o enredo – que parece ser – o principal. O amor entre uma jovem moça do
interior com o ajudante de um dos mais famosos bares de Rock em Los Angeles.
A trama se passa em 1987, e isso é muito explícito no filme.
Em alguns musicais se percebe a perda do contexto da época, pois se preocupam
somente com as musicas clichês e danças mal coreografadas – novamente citando o
fracasso Mama Mia. Mas em The Rock of Ages, vemos alguns personagens usando
celulares ‘’tijolos’’ (apenas alguns, essa tecnologia não era acessível a
todos) e os famosos bares de Stripe these da época, com garotas dançando poli
dance dia e noite vestidas em roupas eróticas.
No filme, o mundo gira em torno do Rock, mas é claro que há
grupos contra isso, e nesse caso é a igreja. Até hoje em dia ouvimos religiosos
preconceituosos dizendo “Rockeiros vão queimar no fogo do inferno!” e é contra
isso que lutavam na década de 80. A igreja tentava e ainda tenta implantar uma
ideia de que o Rock é satânico, o Rock é do demônio, o Rock compra a alma das
pessoas, mas não é assim que as coisas funcionam e o desfecho do filme prova
tudo isso.
Nessa época, é explicita a transição entre o Rock e o Pop.
Quando supostamente o rock perde o trono e as bandas devem se adaptar ao pop
mal feito, toda a indústria da música vira um redemoinho, por que rock uma vez,
rock para sempre.
Falando dos atores, Tom Cruise se sai muito bem na pele de
um vocalista. Realmente consegue cantar e envolver o público não só quando está
levando um tiro. Todos os outros no elenco são completamente preparados, mesmo
sendo jovens atores, ainda não conhecidos.
O diretor consegue fazer o romance deles algo bem inocente, como era na época e não uma coisa vulgar como geralmente é hoje em dia. Palavras bobas, bochechas coradas, timidez. Isso é tão bom de se ver em um romance nos cinemas, e raramente os diretores e atores conseguem esse feito.
O diretor consegue fazer o romance deles algo bem inocente, como era na época e não uma coisa vulgar como geralmente é hoje em dia. Palavras bobas, bochechas coradas, timidez. Isso é tão bom de se ver em um romance nos cinemas, e raramente os diretores e atores conseguem esse feito.
É claro, que algumas performances são feitas como baladinha
adolescente, ao estilo mais fajuto de Glee, mas isso em apenas duas ou três
músicas. As outras dezessete músicas que compõe a magnifica trilha sonora do
filme, é totalmente rock’n rool.
Concluindo, o filme é ótimo, um dos melhores musicais. E uma
coisa ele deixa claro, mas isso todo mundo sempre soube: ‘’O Rock nunca irá
morrer”.
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